terça-feira, 21 de abril de 2009

A Cultura como estímulo para o crescimento do comércio

O bairro do Comércio, em Salvador, já foi exemplo de excelência para a Bahia. Por meio do porto – o mais importante das Américas até o século XIX – as trocas de mercadorias eram feitas. A partir da década de 1970, a cidade sofreu transformações que deixou o bairro obsoleto e abandonado. A mudança do crescimento da cidade para o sentido Iguatemi abriu novos vetores comerciais. Por essas questões, desde a década de 1990, o Comércio passa por alterações a fim de apresentar um novo impulso. A chegada de empreendimentos comerciais, culturais e residenciais são projetos que levarão o re-fortalecimento do espaço urbano. A instalação do Pólo Audiovisual no Trapiche Barnabé foi uma das ações de revitalização que, transversalmente à cultura, empreenderá possibilidades de crescimento sócio-cultural do bairro e da cidade.
Por meio de iniciativas que estimulam criações de áudio e vídeo, o pólo pretende tornar acessível a todos os costumes cinematográfico. “Queremos ser um centro de criação, produção e comunicação para difusão da atividade audiovisual do estado da Bahia e do Norte e Nordeste do Brasil”, declara Alexandra, responsável pelo espaço. Ela acredita que através da criação de um espaço consolidado de produção audiovisual e investimento na cultura, além de contribuir para o desenvolvimento do bairro, também ajuda a melhorar a percepção das pessoas e gerar o desenvolvimento social.
O pólo conta com a ajuda de empresas privadas e órgãos públicos que visam à melhoria do Comércio e investimento em cultura, porém, ainda atua com dificuldades. De acordo com Alexandra, o Espaço de Produção Audiovisual atua como “eixo de convergência das mais contemporâneas correntes da arte e da tecnologia audiovisual”. Mesmo que o costume cinematográfico e as produções em larga escala estejam localizados no Sul e Sudeste do país, o centro busca reagir a este fato, consolidando o Pólo e modificando os hábitos locais. A responsável pelo espaço diz ainda: “temos dificuldades para conseguir patrocínios. Para fazer produção cinematográfica é preciso que haja investimento e isso aqui ainda é muito complicado. A Bahia precisa que investidores e produtores audiovisuais voltem os olhos para ela”.
O setor cultural é imprescindível para revitalização do Comércio e da cidade. O bairro precisa de investimentos culturais e sociais, como o Pólo audiovisual, para voltar a ser um centro gerador de conhecimento e renda para a capital baiana. A cultura é a base do desenvolvimento de um povo, por essa questão se faz necessário o aproveitamento do espaço urbano, especialmente do Comércio para as atividades culturais. O local dispõe de paisagens exuberantes e potencial para o comércio e lazer, seu ressurgimento com novos centros residenciais, de comércio e entretenimento trará mais visibilidade a cidade e desenvolvimento da população soteropolitana.
Joana Lopo

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